CURSO AFRICA NA UFRJ – FACULDADE DE LETRAS

 


Uma herança histórica e seus reflexos na sociedade contemporânea
Programa de Pós-Graduação em Filosofia PPGFIL UFRRJ

O Curso África na UFRJ, em parceria com União dos Estudantes Africanos e da Diáspora UEAD UFRJ, teve início no mês de março com previsão de termino em Julho de 2018. As aula do curso são realizadas aos sábado e tem inscrição aberta que podem ser realizadas por E-mail: [email protected] Horário do evento: 09h30s às 12h00s e 14h00 às 17h00, com intervalo para o almoço gratuito para os que efetuaram a matricula no valor de R$ de 130,00 (centro e trinta reais) ou R $ 50,00 (cinquenta reais) o modulo. O LOCAL DA REALIZAÇÃO DO CURSO Auditório G1 / 2º Andar - Faculdade de Letras, CLA UFRJ Endereço: Av. Horácio Macedo, 2151 - Cidade Universitária, Rio de Janeiro - RJ, CEP: 21941-917. Contato com: M auricio Wilson Camilo da Silva E-mail: nae.ufrj@gmail ; e professor: Tchinho Kaabunke, e através dos telefones: 021 98 381 64 15; 98 333 63 24.

 

“O foco é a discussão sobre diferentes estados e identidades que foram se construindo em diversos lugares e períodos históricos. Isto inclui as atividades econômicas, políticas e manifestações culturais de variados povos e reinos que se estabeleceram em momentos distintos no continente”.

Na ocasião foi feito o Lançamento do Livro: MULHERES E DEUSAS com direito a autógrafo do autor Prof.º Dr.º Renato Noguera. Renato é professor do Departamento de Educação e Sociedade da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), e atualmente trabalha as suas pesquisas em Educação e Filosofia. O tema da sua palestra foi: “As narrativas de Oxum, Iansã e Iemanjá em suas relações com orixás masculinos”. Após a palestra com direito a autógrafo do autor Prof.º Dr.º Renato Noguera, autor do livro MULHERES E DEUSAS, o filosofo explorou em sua fala as narrativas míticas gregas, iorubás, judaico-cristãs e guaranis a partir de um lugar de fala masculino baseado num diálogo entre ponto de vista femininos e masculinos.

O projeto visa a promoção do Curso ÁFRICA NA UFRJ através de palestra, roda de conversa e mostra de filmes com os temas referentes à história e cultura de África e sua diáspora, tendo como foco a discussão sobre diferentes Estados e identidades que foram se construindo em diferentes lugares e períodos históricos, através das atividades econômicas, políticas e manifestações culturais de diferentes povos e reinos que se estabeleceram em diferentes período na África.

Antes, durante e depois da era cristã, principalmente a partir do século VII com o surgimento das identidades muçulmanas seguidores do Profeta Mohamed, e dos cristãos católicos europeus, cuja a presença vem a tornar significativa a partir do século XV e VI nos rios do litoral atlântico africano na Alta e Baixa Guiné.

Nos encontros dirigido ao público em geral, se discuti os diferentes conceitos e elementos relacionados as noções das identidades e etnicidades que vem a surgir como parte do manifesto da herança africana nas Américas, cuja sociedade emergiu em parte com a presença de Espanha e Portugal, e mais tarde com a francesa, Holanda e inglesa que também estiveram na África, onde as suas  interações através do comércio e conflito veem a dar o significado as identidades afro portuguesa dos Lançados, Grumetes e crioulos como herança dos que hoje ocupam estes territórios, que a partir do século XVI contribuíram de modo significativo para constrição das identidades brasileira, caboverdiana e outras chamadas afro americanas. Como sociedades produtos de misciçagem, estruturada pela ideologia racista e cujo o passado condicionou os homens ao trabalho forçado e não remunerado.

Nas discussões foram destacadas questões relacionadas a colonização territorial, a estrutura dos povoados e a organização política através de diferentes tipos de poderes locais que se manifestaram com os rituais religiosas, vestimentas, cantigas, alimentações e a construção cultural dos diferentes grupos e identidades locais fundamentadas nas ideologias dominantes de crença na ancestralidade, cristandade católica e islam árabe. Sendo as duas últimas adaptados as realidades locais.

prof: Tchinho Kaabunke e o prof: príncipe Tchinho Kaabunke

No segundo expediente, o professor: príncipe-Tchinho Kaabunke, falou sobre a sua concepção de mundo, a importância da família e porquê de vir para o Brasil. No decorrer de sua palestra falou sobre suas experiências. “As vivencias dos voduns e histórias do Benin”.

Após a palestra com direito a autógrafo do autor Prof.º Dr.º Renato Noguera, autor do livro MULHERES E DEUSAS, o filosofo explorou em sua palestra explorou as narrativas míticas gregas, iorubás, judaico-cristãs e guaranis a partir de um lugar de fala masculino baseado num diálogo entre ponto de vista femininos e masculinos.

O Prof.º Dr.º Renato Noguera, fez uma narrativa de personagens femininos em quatro concepções culturais: grega, ioruba, judaica cristã e indígena. O livro está organizado em narrativas antigas femininas: Medusa, Atena, Afrodite, Helena; Hera, Zeus e Io.

SOBRE - MULHERES E DEUSAS

O prof.º Dr.º Renato Noguera na sua exposição, a história de deusas e figuras femininas para que “ampliemos nossa compreensão de mundo. É uma introdução a cultura greco-romana, ioruba e indígena. A narrativa mítica permite algumas interpretações filosóficas sobre o papel da mulher, assim como aspectos sociais, antropológicos e históricos”, Segundo o prof. Renato Noguera: “As aventuras de deusas e deuses podem revelar muito sobre a relação do mundo interior. A maneira como o ser humano busca desenvolver sua individualidade, sua personalidade, é o resultado de um tipo de “guerra” que trava com forças externas”. Para fundamentar seus conceitos, Renato introduz a psicologia no seu diálogo, quando menciona Freud e Carl Jung. “Freud retornou o Mito de Édipo para descrever uma situação psíquica inerente ao ser humano na infância: o desejo de substituir o adulto na relação erótica.

Quando chamou de Complexo de Édipo”. Já Carl Jung, diz Renato: “O estudo do vasto material mitológico é indispensável para que mais profundamente a humanidade quando define o conceito do inconsciente coletivo: uma herança psicológica universal; um legado construída ao longo da história, povoada por tipos arcaicos – arquétipos que emergem na consciência como imagens simbólicas”. Sintetizando sobre o Livro, Renato questiona-se a si mesmo: Como encerrar uma jornada por narrativas diferentes? A sua conclusão é que o Mito são forças vivas. “A subjetividade é um processo, um território dinâmico e material formado por tudo que nos cerca”. No livro comenta Renato: “A maneira como pensamos, sentimos, agimos, organizamos nossas metas e nossos objetivos – nossa subjetividade – estra atrelada aos mitos e seus valores”.

O produto desta subjetividade e valores, diz Renato: “O principal ensinamento para nós é desaprender, estar livre o suficiente para reconsiderar o que sabemos, com a intenção de mergulhar em uma compreensão que nos enriqueça e nos faça a pensar. Pensar diz ele: “Contra o que antes concebíamos, colocando em suspenso o que acreditamos conhecer completamente”. Concluído, Renato diz que o texto do livro tem um desenvolvimento simples. “Por meio de Oxum, Hera, Iansã, Afrodite, Eva, Lilith, iemanjá, Iara, Medusa, Oba, e Obuduá, foram apresentados caminhos para se desaprender”. Afinal finaliza: “Não é se enquadrar em um modelo de vestido, um corte de cabelo, e se dedicar a maternidade ou inconscientemente assumir a culpa que vira do pecado original. As deusas fizeram coisas distintas, questionaram as regras, encerraram seus próprios rituais. Todas trouxeram a cena um desejo de derrubar o feminino construído pelo olhar masculino. Até por que o termo “mulher” é uma aberração – afinal existem muitas subjetividades habitando o corpo de mulheres”.

“As narrativas de Oxum, Iansã e Iemanjá em suas relações com orixás masculinos”.

Com a palavra o prof.º Dr.º Renato Noguera em palestra realizada no dia 05/05/18 na Faculdade de Letras, Fundão UFRJ, dando sequência ao projeto que visa a promoção do Curso ÁFRICA NA UFRJ em parceria com União dos Estudantes Africanos e da Diáspora UEAD UFRJ. Abriu o dialogo falando sobre narrativas míticas, iorubas e indígena. Para fundamentar e resumir sua fala, Renato trouxe o dualismo de duas concepções: “cosmosensação x cosmovisão”, do estudo da sociologia nigeriana da professora oyewumi, da Stony Book”.

A cosmovisão diz Renato: “É uma visão de mundo é uma maneira de interpretação da realidade. A interpretação da realidade ela é muito sensorial. Neste debate estou trazendo Oxum e Afrodite para o diálogo.

 

 

Texto: Reinaldo de Jesus Cunha - Presidente da Associação Universitária Latino Americana
Jornalista: 0036785/RJ

 

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